quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Suporte Básico de Vida

O suporte básico de vida é o conjunto de procedimentos que se efectua sem qualquer equipamento, assim tornando o SBV vital até a chegada de ajudas de profissionais e com equipamentos específicos.
Na cadeia de sobrevivência todos os minutos contam para a saúde do individuo.
Por isso, convém que o individuo não tenha lesões irreparáveis e que continue com a mesma qualidade de vida.


O SBV imediato, efectuado por pessoas treinadas, inclui os seguintes procedimentos:

  1. avaliação inicial;
  2. manutenção de via aérea;
  3. ventilação com ar expirado;
  4. compreensão do toráx.












Na primeira fase da avaliação, consiste em verificar a situação em que a vítima se encontra, se consegue falar ou mobilizar.
Em seguida, se a vítima não responder deve-se dar início às manobras de SBV.
Os três elementos básicos de suporte de vida são:




AIRWAY                                BREATHING                                 CIRCULATION
Via Aérea                               Respiração                                         Circulação





  1. Manter a via aérea desobstruída, com  extensão extrema da cabeça e elevação ao queixo.
  2. Colocar a mão na testa e dois dedos no queixo, inclinar a cabeça suavemente para trás, elevar o queixo, abrir a boca e observar a presença ou não de corpos estranhos.
  3. Ver se a vítima executa movimentos torácico-abdominais, ouvir se passa ar no nariz e boca, sentir a passagem de ar.
  4. Se a vítima respira deverá colocá-la em posição lateral de segurança.
  5. Se a vítima não respira deverá iniciar-se a ventilação de forma a assegurar a oxigenação dos órgãos vitais.






   





















A fase da desfibrilhação corresponde à utilização do Desfibrilhador Automático Externo - DAE - que é apenas utilizado por médicos ou técnicos treinados e autorizados.

O Suporte Avançado de Vida - SAV - é um conjunto de manobras médicas invasivas, como administração de medicamentos, procedimentos cirúrgicos,etc.) para a estabilização clínica de um paciente.

domingo, 27 de maio de 2012

Cadeia de Sobrevivência

Todos nos deveríamos saber os passos para salvar uma vida em caso de paragem cardio-respiratória até que cheguem os meios técnicos e humanos especializados.
Os objectivos da cadeia de sobrevivência é manter os sinais vitais do indivíduo e saber qual o seu estado clínico.
A sobrevivência depende das acções efectuadas em tempo oportuno, se houver falha num, condiciona os outros todos.

Os primeiros passos são:
  1. o reconhecimento da situação da vítima;
  2. o pedido de ajuda, accionando o 112;
  3. Manobras de Suporte Básico de Vida precoces.

Se a pessoa souber as manobras de suporte básico de vida - SBV - deve iniciar logo, até que chegue uma ajuda profissional.

As quatro acções da cadeia de sobrevivência são:
  1. Acesso precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica - 112.
  2. Inicio precoce do Suporte Básico de Vida (SBV).
  3. Desfibrilhação precoce (DAE).
  4. Suporte Avançado de Vida (SAV).






O Sistema Integrado de Emergência Médica em Portugal

O Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) foi criado em 1981, como principal objectivo, prestar assistência às vítimas de acidente ou de doença súbita.
O SIEM é coordenado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica - INEM, que tem como objectivo garantir às vítimas a correcta prestação de cuidados de saúde.
O SIEM tem um conjunto de entidades que cooperam entre si para prestarem auxilio de quem necessita, tais como:

  • o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM);
  • o Serviço Nacional de Bombeiros (SNB);
  • a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP)
  • os Hospitais e Centros de Saúde;
  • a Polícia de Segurança Pública (PSP)
  • a Guarda Nacional Republicana (GNR).




O SIEM inicia-se quando alguém liga para o 112.
Primeiro a chamada será atendida pela, PSP ou pela GNR, que depois encaminharam a chamada de emergência para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.
No CODU é feita primeiro a avaliação, para saber qual o estado do doente e qual a gravidade em que se encontra.
A CODU funciona 24 horas por dia e é assegurado por uma equipa de profissionais de saúde.
Existe ainda a CODU-mar que tem como objectivo ajudar em situações de emergência a pessoas que se encontrem a bordo de embarcações.


Para além dos serviços referidos acima, o INEM, dispõe de serviços de socorro, tais como:

  • Centro de Informação Antivenenos (CIAV).
  • Subsistema de Transporte de Recém-Nascidos de Alto Risco.
  • O Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC).
  • Centro de Intervenção e Planeamento para Situações de Excepção (CIPSE)

Saúde pública

A saúde tem como principal objectivo estudar problemas que condicionam a saúde das pessoas, integradas no seu meio ambiente (social, biofísico, económico e cultural) e encontrar soluções para esses problemas.
Assim, a saúde pública tem um conjunto de actuações levadas a cabo com o objectivo de melhorar a saúde das pessoas mas como também eliminar as próprias doenças.
O ser humano não vive isolado mas sim integrado num ambiente, biofísica,social, económico, cultural, politico e geográfico que interagem em cada um de nos e na comunidade.


Os principais objectivos da saúde publica, são:

  • conhecer as causas e os mecanismos de evolução das doenças de uma comunidade;
  • estabelecer objectivos e metas a atingir na luta contra a doença;
  • escolher os planos de acção e meios para a melhoria da saúde numa comunidade.



Para se conhecer as causas e os mecanismos das doenças é necessário recorrer a uma investigação e ao estudo do problema em causa para se conseguir chegar a conclusões válidas.
Para alem da investigação e estudo, e também e preciso um conjunto de procedimentos práticos, através de planos de acção de curto, médio e longo prazo de forma a diminuir as causas e os efeitos das doenças.

Para se conhecer o estado de saúde de uma comunidade e necessário recorrer a um conjunto de instrumentos: os indicadores de avaliação de saúde, que eles são:

  • indicadores estatísticos, que se permite, através deles conhecer a evolução da doença, o número de mortes causada por uma doença;
  • indicadores comparativos, que se pode conhecer, o número de doenças infecciosas e parasitárias que existem numa comunidade, como, por exemplo, a Gripe A;
  • indicadores socioeconómicos, são as condições em que uma população vive, como, por exemplo, as condições de habitação, de higiene, o grau de escolaridade, etc.



Os serviços de saúde pública encontram-se definidos e organizados de acordo com o Decreto-Lei nº81/2009, de 2 de Abril, que estabelece o seguinte:

  • os serviços de saúde pública, organizam-se em nível regional e local;
  • a nível regional, e mais abrangente, porque todos os recursos de saúde pública da sua área de influência;
  • a nível local, permite aos cidadãos uma organização flexível que mantenham os serviços de saúde próximos;
  • as administrações regionais de saúde (ARS) são as unidades de saúde publica a nível regional e são exercidos pelos centros de saúde e pelas unidades locais;
  • em cada agrupamento de centros de saúde, existe uma autonomia organizativa e técnica. 





sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cuidados de Saúde Primários em Portugal

Durante muitos anos, era o hospital que auxiliava o cidadão em caso de necessidade, ou seja, em caso de doença.Não havia o espaço adequado para a promoção e prevenção da saúde,uma vez que era essencialmente curativa.
Nos dias de hoje, a questão alterou-se.
Foram criados os Centros de Saúde mais perto do cidadão com o auxilio dos cuidados primários,assim havendo médicos de família ou outros profissionais de saúde, para responder a factos, criando um programa como, a obesidade, a cessação tabágica e a alimentação saudável.
Assim, os centros de saúde, estão mais perto do cidadão, da família e da comunidade, para um elemento permanente de assistência de saúde.
Os sistemas de saúde organizados com base nos cuidados de saúde primários, têm se mostrado, que esses sistemas estão mais envolvidos e eficazes que os cuidados hospitalares porque, este intervêm de maneira mais directa com o individuo e asseguram uma maior continuidade nos serviços prestados às populações.

Sistema de Cuidados de Saúde

O Estado necessita de organizar um nível central, regional e local para atingir determinados resultados de acordo com as prioridades existentes naquele preciso momento.
Em Portugal, a Constituição da Republica Portuguesa de 1976, criou bases, em 1979, do Serviço Nacional de Saúde ( SNS), para que todos os indivíduos de uma comunidade tenham direito a saúde, baseando-se na totalidade e na gratuitidade.
Antes do 25 de Abril de 1974, grande parte de uma população, não tinha acesso aos cuidados de saúde na protecção na doença, actualmente, isso ainda acontece, mas pela pobreza que existe e ao facto de não ter possibilidade para se deslocar a um hospital em caso de emergência.
O SNS foi criado com o objectivo de ajudar toda a população portuguesa, na doença, no tratamento e a sua reabilitação medica e social.
Os hospitais gerais são um meio que constituem cuidados intensivos de saúde e compreendem o internamento hospitalar, os actos ambulatórios especializados para o diagnóstico, terapêutica e reabilitação, as consultas externas de especialidade e os cuidados de urgência na doença e no acidente.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Saúde e homeostasia

As condições do meio ambiente também influenciam na vida do ser humano.
No interior do corpo é produzido um conjunto de processos físicos e químicos que ajudam a manter o ambiente interno mais ou menos constante e independente do meio exterior
Esse conjunto de reacções que permite alcançar o equilíbrio interno designa-se por homeostasia.
A homeostasia  é o processo de regulação através do qual o organismo mantém as diferentes constantes do meio interior entre os limites dos valores normais.
Todos nós precisamos de um meio interno e externo para a concretização de todas as funções vitais à vida e para que os órgãos e células funcionem correctamente.
A actividade permanente dos nossos órgãos assegura a manutenção deste equilíbrio.Por exemplo:
  • os rins têm a função de excretar certos produtos do catabolismo, regulando assim o metabolismo da água e o pH do sangue;
  • os pulmões absorvem o oxigénio e eliminam o gás carbónico e o vapor de água;
  • os intestinos evacuam os resíduos dos alimentos que ingerimos e as secreções digestivas
  • o pâncreas produz insulina e regula o nível de açúcar no sangue.




A transpiração é também um mecanismo de homeostasia.
Quando, a temperatura exterior ultrapassa os valores adequados, o interior do nosso corpo reage transpirando.
Assim, consegue expulsar para o exterior o excesso de calor e assim mantém a temperatura interna do corpo, para um bom funcionamento.
Pode acontecer muitas das vezes, o mau funcionamento dos mecanismos homeostáticos e assim há uma situação de desequilíbrio e pode haver doença ou até mesmo ocorrer a morte.














Factores condicionantes da saúde

A saúde é influenciada por um conjunto de factores, positivos e negativos.
Os factores condicionantes de cuidados de saúde são os seguintes:

  • os serviços de cuidados de saúde que a população dispõe, quer ao nível da prevenção quer ao nível da cura ou da reabitação;
  • os sistemas sócio-culturais em que as pessoas se inserem e nos quais nascem e vivem, pois é neste sistema que se organiza um conjunto de valores que orientam os seus hábitos sociais e os seus comportamentos de saúde, como o caso dos hábitos alimentares ou de higiene.
  • as condições sócio-económicas e ambientais, como a falta de rede de esgotos e saneamento básico, de água canalizada e a exposição elevados a níveis de poluição, são exemplos ambientais nada saudáveis.Os acidentes provocados pelo Homem como o acidente da central nuclear de Chernobil, são situações que põem em risco a saúde das pessoas;
  • a hereditariedade, como as características específicas de cada pessoa, como é o caso, do daltonismo;
  • a adopção de estilos de vida saudáveis, como ter uma alimentação equilibrada, a pratica moderada e regular de exercício físico, os hábitos de higiene, as horas de sono recomendadas e não consumir substâncias nocivas à saúde e controlar o stress.

A obesidade


Segundo a OMS existe cerca de 1 bilião de pessoas no mundo com excesso de peso.
Em Portugal, em 2006, estimava-se que cerca da população portuguesa 14,5%, era obeso.

A obesidade, é uma doença, que resulta da acumulação no corpo de excesso de gordura.

Para se determinar ou diagnosticar a obesidade e a pré-obesidade:





















As causas da obesidade são consideradas factores de risco, tais como:
  • O sedentarismo ( a ausência de exercício físico );´
  • A alimentação desequilibrada;
  • Os factores genéticos;
  • A gravidez e a menopausa.

A obesidade traz consequências ao nível da saúde, nomeadamente:
  • no aparelho cardiovascular (a hipertensão arterial, angina de peito);
  • no aparelho gastrintestinal (cálculos na vesícula, carcinoma do cólon);
  • no aparelho geni-urinário (cancro da mama, carcinoma da prótasta);
  • complicações metabólicas (diabetes tipo 2,gota).










Os comportamentos humanos e a sua implicação na saúde

A maior parte dos problemas de saúde das pessoas, são originados pelos estilos de vida que elas utilizam.
Como o fumar,consumir drogas, não fazer exercício físico, beber álcool, ter uma alimentação desequilibrada,etc.
Cabe também aos governos de cada país criar um ambiente favorável, de saúde e que todos os cidadão tenham o acesso a cuidados de saúde.


Para adoptarmos um estilo de vida saudável e para nos mantermos em boa forma, quer físico, quer mental, precisamos de:

  • Ter uma alimentação equilibrada;
  • Controlar o peso;
  • Praticar exercício físico regularmente;
  • Fazer as horas de sono recomendadas para cada idade;
  • Evitar o consumo de substâncias nocivas.
Uma alimentação equilibrada permite um equilíbrio entre a energia consumida e a desperdiçada, por isso, não devemos de consumir mais do que a energia que gastamos.
De acordo, com a roda dos alimentos a composição e o peso que cada grupo de alimentos deve ocupar na nossa alimentação diária é a seguinte:
  • Grupo I - Cereais e derivados, tubérculos - 28%
  • Grupo II - Hortícolas - 23%
  • Grupo III - Fruta 20%
  • Grupo IV - Lacticínios - 18%
  • Grupo V - Carne, pescada e ovos - 5%
  • Grupo VI - Leguminosas - 4%
  • Grupo VII - Gorduras e óleos - 2%

Neste grupo de alimentos, encontra-se a água, que é um bem fundamental para a nossa vida e para o bom funcionamento do organismo, por isso, deve ser consumida, abundantemente ao longo do dia e não apenas quando se tem sede, pelo menos 1,5 litros de água. 












A prática de exercício físico, deve ser feita, todos os dias, no mínimo meia-hora, para combater da melhor maneira, todas as doenças ou problemas que possam vir a existir, como a obesidade e o excesso de peso, diabetes, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

Ter um estilo de vida saudável, é não consumir drogas(álcool ou tabaco), para não criar dependência e alteração dos comportamentos, para além de ser a cauda de diversas doenças como o cancro do pulmão ou do fígado.


Para controlar o peso é evitar ter excesso de peso ou obesidade.

Alma-ata

Nesta Declaração elegeu-se a «saúde para todos até ao ano 2000», como principal objectivo a alcançar era combater as desigualdades sociais existentes em todo o mundo, quer nos países desenvolvidos, quer nos países menos desenvolvidos.
Para se alcançar esse objectivos era necessário garantir:

  • Educação para todos;
  • Nutrição apropriada para todos;
  • Qualidade de água e saneamento básico;
  • Cuidados de saúde materno-infantis;
  • Planeamento familiar;
  • Programas de vacinação para as principais doenças infecciosas;
  • Prevenção e controlo de doenças endémicas ( doenças de pele que contagiam);
  • Tratamento de doenças/lesões comuns;
  • Fornecimento de medicamentos essenciais.


Para se alcançar esse objectivo é necessário que se remova todos os obstáculos, que é o caso do combate à fome e à mal nutrição e ao desaparecimento de certas doenças que as pessoas temem.


Para isto ser levado a cabo, era necessário, que o governo de cada país, implementasse planos de acção para a área de saúde,assim também, criando hospitais, centros de saúde para garantir o acesso de todos os cidadãos.

A saúde como um direito universal

A saúde é um direito de todos por isso, independentemente quem for, é de todos, por igual modo.


O artigo nº25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que «Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para assegurar a si e à sua família, a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica...».


Com a asseguração da saúde das pessoas, traz mais benefícios para a saúde e aumento na produtividade e crescimento económico dos países
Em todo o mundo, existe desigualdades sociais por isso, é urgente combate-las e criar condições para uma sociedade mais justa, equitativa e solidária.

Em 1978, na 1º Conferência Internacional sobre os Cuidados de Saúde Primários, promovida pela OMS, foi aprovada a Declaração Alma-Ata.

Conceito de saúde

O conceito de saúde evolui bastante.
Inicialmente, era apenas o estado de ausência de doença.
Em 1948 a OMS ( Organização Mundial de Saúde ) acrescentou um novo conceito, como, um estado completo de bem-estar a nível físico, mental e social, ou seja, bem-estar biopsicossocial.
Esta realça três aspectos fundamentais:
  • A saúde não é apenas a ausência de doença;
  • A saúde é um conceito positivo;
  • A saúde engloba nas condições da vida humana, como os aspectos biológicos, social e psicológico.
Assim, a saúde resume-se através de conjuntos de inter-relações que se estabelecem com o meio-físico, social, cultural e económico.
Há no mundo muitas pessoas que nascem, vivem e morrem sem qualquer apoio de saúde.
Existem regiões do mundo, como o caso de África, existe uma condição de vida de pobreza extrema, noutras as condições de vida já são mais favoráveis.
Os factores que determinam e condicionam as condições das pessoas/comunidades, são:
  • Os factores biológicos:como a idade, o sexo e a sua herança genética;
  • o meio físico: o acesso de água potável, qualidade dos alimentos, as condições higieno-sanitárias e as condições de habitação;
  • o meio socioeconómico e cultural: Incluem aspectos como o acesso á educação, a cuidados de saúde, a importância dada ao lazer e á liberdade das pessoas.